domingo, 5 de agosto de 2012

Apresentação


No ano de 1998, quando tinha onze anos, sofri um acidente que resultou em um trauma vascular muito grande na parte posterior do meu joelho direito.
Após uma cirurgia de 6 horas, 7 dias de UTI e 30 dias de hospital fui liberado para ir para casa. Feliz por tudo ter se resolvido e minha perna estar sã e salva. Os acompanhamentos médicos foram esquecidos pois achávamos que tudo estava resolvido.
Quatro anos após enquanto fazia as barras de minha calça, aquela do terno que seria usada nas festas de 15 anos de minhas colegas, percebi uma diferença em minhas pernas.
Nos primeiros exames constatou-se que eu possuía uma discrepância de 2,7cm nos membros inferiores, e o mais incrível, a perna acidentada estava mais comprida!
Nos exames iniciais chegou-se a conclusão que o crescimento nos MI havia cessado, ou seja, um procedimento simples de grampear as placas de crescimento da perna mais longa para que a outra igualasse seu tamanho já não resolveria meu problema.
A outra solução seria fazer alongamento ósseo desta perna mais curta, fosse pelo método Ilizarov, barra fixa ou ISKD.
Na época não estava preparado para tal e ainda não havia constatado a necessidade de tal procedimento pois uma palmilha compensadora poderia resolver o meu problema.
Na virada de ano 2011/2012 estabeleci a meta de que nesse ano entrante eu resolveria de uma vez por todas o dilema alongar ou não alongar minha perna, estive me consultando com os melhores médicos especialistas do país.
Meu caso nunca foi uma unanimidade entre os médicos, na verdade a grande maioria me aconselhou a não realizar o procedimento pois na literatura médica a correção cirúrgica só é indicada para diferenças maiores que 3,0 cm, logo estou situado no espaço dúbio, acima de 1,5 cm (diferença que teoricamente pode ser naturalmente absorvida pelo corpo) e abaixo de 3,0 cm.
Devido as constantes dores em minha coluna,  à sobrecarga na minha perna direita e ao desconforto estático tomei a decisão de realizar o mesmo.
Escolhi o método ISKD, o mais moderno e que em minha análise resultaria em um pós operatório menos traumático.
Os últimos exames registraram a discrepância em MI's de 2,5 cm. Irei realizar o procedimento na tíbia, pois nela estão 2 cm, os outros 0,5 cm estão localizados no fêmur.
Sei que este procedimento irá comprometer pelo menos meus próximos oito meses, procurarei relatar meu dia a dia pós cirúrgico e ajudar a todos aqueles que carecem de informações sobre este método.
Estou nesse momento internado no hospital, já tomei meu chá da noite e amanhã as 7 horas da manhã serei encaminhado para a sala de cirurgia.

2 comentários:

  1. Força, sei o que você está passando. Nasci com um problema na perna direita onde a mesma não se desenvolve na velocidade da esquerda. Já realizei 16 cirurgias e usei 4 fixadores externos. Atualmente estou em tratamento de alongamento ósseo utilizando um fixador externo, meu membro direito(perna e fêmur) cresceram 25cm(espero ser a ultima cirurgia pois já tenho 22 anos e não vou crescer mais).
    Agora estou em fase de recuperação, esperando a calcificação dos ossos. O que posso dizer é força e seguir na luta. Abraço !

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  2. Bom dia! Meu nome é Tatiana e pesquisando sobre o aolongamento descobri a sua história que é mnuito parecida com a minha. Quando tinha 10 anos de idade sofri um acidente de carro onde tive uma lesao na perna também. Depois de anos, descobri que tinha uma diferença que inicialmente era de 3,5 cm. Hoje já são quase 5 cm. Nunca tive coragem de fazer a cirurgia pelo método Ilizarov pois achava muito invasivo e tinha medo. Hoje, aos 31, sinto muitas dores na coluna devido a diferença que está muito grande e descobri esse novo método ISKD. Tenho muuito interesse em fazer. Gostaria de saber o local e o nome do médico que você fez a cirurgia. Pode me passar? Meu e-mail é tatianarosa.soares@gmail.com - Desde já te agradeço. Um grande abraço e melhoras na sua recuperação. Abs, Tatiana

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